terça-feira, 6 de julho de 2010

Circo, Pão e Honra

BOLA, CIRCO, PÃO E HONRA
Na Lusofonia
J. Jorge Peralta       

1. Ainda como reflexão sobre o Brasil na Copa do Mundo, acrescento:
Diziam os Romanos, na Antiguidade, que o povo quer “circo e pão”.
Dêmos-lhe circo e pão, mas nem só de “circo e pão” se faz um país grande e justo.
Não podemos usar o futebol e a Bolsa Família/Esmola para anestesiar todo um povo, amortizando-o, enganado, desiludido, acomodado, dependente como tetraplégico, e sem futuro. Um povo desiludido é um povo triste. Estamos chegando lá... Queremos um País livre, forte e próspero.
Além do Circo e Pão = Futebol e Bolsa Esmola, precisamos mais e melhor educação e  cultura, mais trabalho para todos e caça aos corruptos,aos desonestos, aos mafiosos, às quadrilha de aloprados, assaltantes da moral, da política, da honra, da cultura e dos bens de quem trabalha de sol a sol. Esses aloprados que hoje estão refestelados em prédios oficiais recebendo benesses por cargos que não passam de  trapaças.
Alguns dizem que o futebol é o ópio do povo. Eu diria: depende. No entanto, mais ópio do povo são as promessas e as trapaças de muitos de nossos políticos, com seus discursos sedutores e vazios e os discursos falaciosos de algumas “religiões” mercenárias que prometem o que não podem dar e ainda cobram por isso.

2. Gritemos de alegria pelo bailado da bola, rolando nos gramados, em grandes jogadas. Mas não silenciemos diante de tantos e tão torpes escândalos de nossos políticos e outras gangues...
Na luta aguerrida dos gramados, precisamos aprender a reagir contra a falta de boa educação e de saúde dignas da nação, a que ela tem direito, e lutar contra os gastos indecentes, de interesses escusos, contra as falcatruas e contra os impostos escorchantes e o abuso do preço da gasolina que não deixam  o país se desenvolver, na medida de suas potencialidades. É preciso dizer bem claro que quem sabe gastar bem o dinheiro é quem o ganha e não quem o recebe, sem mérito e depois o desperdiça. Impostos sim. Mas só os necessários. Que voltem ao povo em benefícios coletivos. O imposto é do povo e para o povo e não do governo. É da coletividade. O governo é apenas o gestor.

3. Enquanto o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) não estiver equiparado ao Desenvolvimento Econômico, os dois em torno da 10ª colocação, o país vai mal. O Brasil é a 7ª ou 8ª Economia do Mundo e seu IDH está num vergonhoso e constrangedor 73º lugar. O potencial econômico do país, não está beneficiando o potencial do Desenvolvimento Econômico não se refletir no desenvolvimento humano, o Brasil com todo os seus encantos, é um país claudicante e capenga.

4. Os princípios que aqui adotamos, valem para toda a Lusofonia, que queremos grande e forte, honrada e próspera, com um povo orgulhoso de seu país, de seu governo e com boa educação e bem-estar.
Ainda acredito que não há ninguém, no belo e promissor mundo lusófono, que não queira cooperar na limpeza de nossas políticas e de nossos políticos.
Todos queremos uma lusofonia de cara limpa e um povo honrado, trabalhador, confiante, responsável, sagaz, desenvolvido, soberano, atento e orgulhoso de seu país, com prosperidade, qualidade de vida e bem-estar social.
Mas não esqueçamos nunca:
“A garantia da Liberdade é a perene vigilância”. Os descuidados já são trapaceados. “A Justiça não protege os sonolentos”.
“Quem não é organizado é tutelado”.


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